quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

... O pai da minha Revolta





19 de maio de 1925
+ 21 de fevereiro de 1965

Eu não tenho muito pra dizer sobre Malcolm X
Acho que minha vida é divida em duas partes:
Antes de Malcolm X & Depois de Malcolm X

... Ele despertou em mim, o que hoje muitas vezes me surpreende, em mim mesma, e de certa forma um dos meus principais e maiores sentimentos, a revolta.
Eu lembro como se fosse hoje, eu com 10 anos de idade, sentada na cama do meu quarto, com a luz apagada terminando de assistir Malcolm X .. talvez se não fosse por esse dia, hoje eu estaria de cabelo alisado, lendo Capricho,com um tênis de pantufa e amando meninos brancos.
Malcolm X, me fez ver o mundo de outra forma, acho que ele é o pai da minha revolta.
Acredito que na formação das minhas opiniões e na minha formação como jovem mulher negra, ele só não tem tanta influência quanto os massacres que observo e vivo diariamente por sobreviver numa sociedade extremamente e machista racista.





X:
"O tempo da crença de combater a brutalidade com a não-violência já passou, meu branco
Parágrafo único: ser não-violento somente com quem é não-violento com você

Quando me apontarem na realidade um racista não-violento
Quando me apontarem na realidade um segregacionista não-violento
Só, então, poderei tornar-me também um não-violento
Mas não queira ensinar-me a ser não-violento até ensinar seu feitor a ser não-violento
Você nunca viu um feitor não-violento
É muito difícil para alguém inteligente ser não-violento
Todas as coisas no universo reagem à violência
Exceto esses brutos, homens cordiais e submissos
Sempre a dizer:
“bata-me, meu amo, pois devo estar merecendo"




Hurricane - Mos def

2 comentários:

Unknown disse...

"Se reagimos ao racismo branco com violência, isso não é racismo negro. Se você chega e põe uma corda no meu pescoço, e eu enforcar você por isso, isso para mim não é racismo. Seu é o racismo, mas a minha reação não tem nada a ver com racismo."

Unknown disse...

adorei seu blog nalui!!!