"A história de Fred Hampton Jr começa bem antes dele nascer. Em 4 de dezembro de 1969, seu pai fora assassinado, deixando sua mãe, Akua Njeri (Debora Johnson), nos meses finais de sua gravidez. Enquanto ainda em gestação, uma importante parte da vida de Fred Hampton Jr já havia sido tirada: seu pai. Aos 20 anos, entretanto, Jr. já se destacava nos mesmos círculos políticos, tornando-se presidente do Movimento Nacional Democrático Uhuru (NPDUM) e lutando em prol dos direitos negros nos EUA. Por seu ativismo, em março de 1992, Jr. foi perseguido pela Polícia e indiciado por assassinato e assalto à mão armada, dos quais foi logo mais inocentado. Hampton Jr. passou quase nove anos preso, ates de ser libertado em 14 de setembro de 2001. De lá pra cá, tem intensificado seu ativismo, presidindo, atualmente, o Comitê Prisioneiros de Consciência (P.O.C.C), o qual ele fundou ainda na cadeia. “A presença de Fred Hampton Jr. no Rio de Janeiro no novembro negro é uma demonstração de solidariedade pan-africanista. E de que a luta por justiça é de todos os africanos na diáspora independente de nacionalidade, credo religioso ou diferenças filosóficas"
"...Em Mangueira Quando morre Um poeta Todos choram
Vivo tranqüilo em Mangueira porque Sei que alguém há de chorar quando eu morrer
Mas o pranto em Mangueira É tão diferente É um pranto sem lenço Que alegra a gente
Hei de ter um alguém pra chorar por mim Através de um pandeiro ou de um tamborim
Todo tempo que eu viver só me fascina você, Mangueira Guerriei na juventude, fiz por você o que pude, Mangueira Continuam nossas lutas, podam-se os galhos, colhem-se as frutas e outra vez se semeia e no fim desse labor, surge outro compositor, com o mesmo sangue na veia..."
..."Eu destruía bonecas brancas. Mas o desmembramento das bonecas não era o verdadeiro horror.O que realmente aterrorizava era a transferência dos mesmo impulsos para garotinhas brancas. A indiferença com que eu poderia trucidá-las era abalada apenas pela minha vontade de fazer isso. Para descobrir o que me escapava: o segredo da magia que elas exerciam sobre os outros. O que fazia as pessoas olhar para ela e dizer “ Aaaaaaaaaaahhhhhh”, mas não para mim ?O olhar de mulheres negras ao se aproximar delas na rua e a meiguice possessiva com que tocavam quando lidavam com elas." ...